Luiz Pagano com a simpática capivara de São José do Rio Preto, enquanto que a de Ipanema da problemas aos bombeiros no Rio de Janeiro |
Por incrível que pareça a cidade de São
Paulo só perde para a de São Jose do Rio Preto no que diz respeito a
receptividade às capivaras. De acordo com o ultimo senso feito pela prefeitura
as águas da região central rio-pretense já abrigam126 capivaras que vivem às
margens da represa.
Só nos últimos dois anos a população aumentou
em 40%. Os moradores de São José do Rio Preto gostam das capivaras e acreditam
que elas são uma espécie de cartão postal da cidade (coisa que este blog
pretende para a cidade de São Paulo).
Já a Prefeitura de Ribeirão Preto decidiu,
após reunião realizada em agosto desse ano que o Parque Maurilio Biagi seria
fechado para manutenção e limpeza toda segunda-feira, das 8h às 14h. A pratica tem
como objetivo combater a infestação de carrapatos-estrela no parque.
O carrapato-estrela (Amblyomma cajennense),
parasita comumente encontrado em cavalos e animais de pastagem, levado às
capitais pelas capivaras. Responsável pela transmissão da febre maculosa, a
presença do carrapato-estrela é perigosa. Uma pessoa em Ribeirão já morreu por
conta da doença este ano.
Algumas medidas já estão sendo executadas
pelo Departamento de Vigilância em Sáude e a Coordenadoria de Limpeza da cidade,
como isolamento da área com faixa, roçada da grama e limpeza nas áreas em que
há presença de capivaras.
Os dias de capivaras estão contados em
Ribeirão Preto, que devem ter chegado lá pelo próprio ribeirão Preto e através
do córrego Laureano. A prefeitura pretende construir um muro de gabião para
impedir enchentes e também a entrada dos animais no parque.
Campinas também teve maus momentos com as
capivaras, no dia 12 de maio deste ano a Prefeitura de Campinas abateu 13
capivaras que estavam confinadas no largo do Café. Os corpos dos animais foram
retirados envoltos em sacos pretos e transportados para o aterro municipal.
Para a execução dos animais, a prefeitura
se valeu de uma autorização do Ibama que atestou a eutanásia dos mamíferos como
alternativa para interromper a proliferação do carrapato-estrela. Em oficio ao
Ibama, a prefeitura justificou que as capivaras no largo do Café estavam
contaminadas - um risco para os
frequentadores do local. Esse foi o principal argumento para se manter o largo
do Café fechado ao público nos últimos três anos.
Ambientalistas protestaram, fizeram até um
"enterro simbólico" dos animais. O enterro contou com cruzes, velas e
flores. O vice-presidente da União Protetora dos Animais (UPA), César Rocha,
disse que o abate foi "uma traição". "Lutamos muito para que as
capivaras não fossem mortas. Mostramos exemplos de outros locais, como
Piracicaba, que usou outro método, como um alambrado para isolar os animais da
população".
Já na cidade do Rio de Janeiro, bombeiros
do Grupamento Marítimo tiveram alguams dificuldades para resgatar uma capivara,
nas pedras da praia do Arpoador, na Zona Sul do Rio. Após várias tentativas de
captura, o animal mergulhou e nadou para o alto-mar e não foi mais visto.
Segundo os bombeiros, o animal teria chegado à praia através do canal que liga
Ipanema à Lagoa Rodrigo de Freitas, onde capivaras são vistas com freqüência.
Já em São Paulo, a foto de uma capivara
ilustrava a matéria do Estado de São Paulo, edição de 9 de Janeiro de 2011 –
aqui parece que a Deusa do Pinheiros veio para ficar.
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