16 anos de Capivara Parade |
A inspiração surgiu quando eu pegava frequentemente o trem até a Vila Olímpia e apreciava as capivaras nas margens do poluído Rio Pinheiros. Estas capivaras, embaixadoras da natureza, estabeleceram-se nas margens dos rios Pinheiros e Tietê em São Paulo, nos parques Tingüi e Barigui em Curitiba, e na Lagoa Rodrigo de Freitas no Rio de Janeiro.
Essa capivara articulada, em particular, tenho grande orgulho, Foi concebida pelo genial urbanista @jaime_lerner em referência ao ônibus biarticulado e as demais soluções urbanas de Curitiba. |
Elas desafiam o senso comum ao chegar nas cidades e nadar nos rios e lagoas que nós deliberadamente degradamos, parecendo nos lembrar, como em um protesto, que os rios de nossas cidades não são latrinas, mas espaços de convivência e beleza.
A proposta de promover a harmonia da natureza com a vida nos centros urbanos do Brasil é uma prioridade, e as capivaras surgem como para nos lembrar disso, marcando presença em eventos como o “Capivara Parade” de Goiânia e o “Dia de São José do Rio Preto”.
Pequenas Capivaras em resina, com intervenções de vários artistas locais foram vendidas, principalmente na antiga loja Monkix da Vila Madalena. |
É relevante destacar que todas essas iniciativas têm um propósito nobre: em 2016, quando fiz com o Shopping Palladium de Curitiba, arrecadamos R$23.000,00 para a campanha do agasalho; teve também uma em Campo Grande, cuja arrecadação dos leilões foram revertidos para associações de caridade locais.
Além disso, é notável como a crescente onda de capivaras conquistou os corações das pessoas. Elas não apenas participam de eventos, mas também em músicas (caaa-pi-vara🎶 , capivara, capivara, capi…), memes e diversas manifestações culturais desde então.
As capivaras, criaturas legais e simpáticas, tornaram-se símbolos de harmonia, promovendo a consciência ambiental e contribuindo para causas beneficentes.
A jornada desses adoráveis roedores continua, unindo comunidades em prol de um mundo melhor.
A Capivara de São José do Rio Preto
No ano passado, São José do Rio Preto realizou um Capivara Parade, celebrando não apenas o aniversário da cidade, mas também os 15 anos de seu centro de compras. Pormovida pelo Plaza Avenida Shopping, dos dias 28 de abril a 5 de maio, também teve um leilão alcançando R$ 11.000, que foram revertidos para a Casa de Acolhimento “Thales Carvalho Zacharias”, entidade que acolhe pacientes e familiares, sem recursos financeiros, enquanto o doente está em tratamento no Hospital de Base (HB) ou no Hospital da Criança e Maternidade (HCM), de São José do Rio Preto.
As esculturas foram customizadas por: Aqui É Rio Preto, influencer digital; Andrea Inocente, jornalista; Araguaí, artista plástico; Deise Costa, arquiteta e urbanista; Elaine Lima, designer de interiores; Germana Zanetti, arquiteta e artista plástica; Hiltonei Fernando, jornalista; Lézio Junior, cartunista; Malu Rodrigues, jornalista e apresentadora; Mira Filizola, apresentadora; Patrícia Buzzini, escritora e artista visual; Regiane Spolon, artista plástica; Rodrigo Motta, cirurgião plástico; Sueli Kaiser, empresária; e uma obra feita com a colaboração de vários artistas, evidenciando não apenas o encanto estético dessas esculturas, mas também o compromisso da comunidade em apoiar causas significativas.
Perguntado se não ficou chateado de não ter sido convidado para este evento, Luiz Pagano, um entusiasta do movimento 'wiki' e defensor da liberdade de idéias sem amarras de patentes, disse "de jeito nenhum!!".
Pagano, enxerga o Capivara Parade como mais do que uma simples exposição artística, para ele, trata-se de uma plataforma para inspirar comunidades em todo o país a abraçarem a causa da sustentabilidade urbana, convívio harmônico dos animais e homens nas grandes cidades e a mobilização para causas sociais. Sua visão é clara: multiplicar os 'Capivara Parades' Brasil afora, cada um contribuindo para causas nobres em suas respectivas localidades, "eu só gostaria de ter participado para customizar uma capivara e ajudar a fazer 'buzz' para arrecadar maiores valores" diz Pagano.
Assim, o Capivara Parade transcende a mera expressão artística, tornando-se um convite à participação ativa na construção de comunidades mais conscientes e solidárias. Que cada capivara customizada seja não apenas uma obra de arte, mas um lembrete tangível de que podemos moldar nossas cidades de maneira sustentável, criativa e benéfica para todos.
Luiz Pagano expõe suas telas no Espaço Como Assim de Pinheiros |
O Início do Tupi Pop
Foi o evento de 2017, no qual vendia capivarinhas de resina, porduzidas em seu estúdio, chamado de Blemya, no Espaço Como Assim de Pinheiros que inspirou a corrente Tupi-Pop "Ame o Brasil" <3 [<o>] (esse símbolo representa o coraçãozinho e a bandeira do Brasil).
Luiz Pagano ilustrou mais de 230 casais indígenas, muitos deles viraram boxes com toys, daí a inspiração para o movimento Tupi Pop |
Alem das Capivras, eu vendia também os orixás e os indígeans em Toy Art, bem como os quadros com obras em telas da corrente Tupi Pop.
A origem da moderna arte TUPI-POP de Luiz Pagano é diretamente ligada aos movimentos culturais do J-Pop da cultura japonesa e K-Pop da Coreana, que ativamente estimula as novas gerações de Brasileiros a amar e se orgulhar de serem Brasileiros, através de meios artísticos e culturais contemporâneos com muita cor, sustentabilidade, estilo, tecnologia e alto astral.
Por que TUPI? No Brasil existem mais de 270 idiomas divididos em 21 grupos étnicos, falados em diversas aldeias e comunidades, em todo o território nacional, más foi o Tupi-Antigo que se destacou, seja por ter sido o principal idioma falado em todo o território Brasileiro pré-colonial devido a dispersão Xinguana e ocupação litorânea, com expulsão de grande parte de outras etnias da região, seja por ter sido o idioma mais estudado por jesuítas e outros historiadores até os dias de hoje, ou ainda por ser o idioma mais presente em toponímias em todo o Brasil, em nomes de vias como Av. Ibirapuera ou Rua da Mooca, nomes de rios como o Tietê ou o Paraíba, nomes de estados como Pernambuco ou Sergipe, e até mesmo em marcas de luxo como Iguatemi ou Jaguar.
Luiz Pagano pintando uma tela Tupi-Pop, em seu estudio "Blemya" |
Quando os Europeus aqui chegaram usavam o Tupi-antigo para se comunicar com os Tupinambá, os Tupiniquim e até mesmo com os Tapuias, todos os outros povos antigos que não eram dos tronco lingüístico Tupi-guarani. O TUPI transcende os idiomas e torna-se a alma de todo brasileiro, para ser TUPI não precisa pertencer a um grupo étnico ancestral, ou ter nascido em terras Tupiniquins, basta que tenha a vida e a alegria do Brasil no coração.